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Devaneios da Lila

Meus doces e nĂ£o tĂ£o doces devaneios!

Por Ingrid

"As cinco pessoas que vocĂª encontra no cĂ©u" foi adquirido em um sebo online que nĂ£o me pediu indicaĂ§Ă£o nenhuma, mas estou fazendo isso porque a Fabi foi super gentil comigo e chegou impecavelmente. Instagram @livros.usados.br 

Do mesmo autor de "O primeiro telefonema do cĂ©u", jĂ¡ resenhado no blog, temos de volta uma obra com uma escrita jovial e objetiva. O que eu mais gostei nesses dois livros do autor Ă© que a histĂ³ria Ă© bem desenvolvida em poucas pĂ¡ginas. Ele nos apresenta o problema aparentemente sem soluĂ§Ă£o (quando nĂ£o difĂ­cil de compreender), o desenvolve durante o enredo e o encaixa no final com a soluĂ§Ă£o. Fora isso, temos o crescimento das personagens na obra.
Verdadeiramente sĂ³ tenho elogios para a escrito do Mitch Albom e continuo querendo ler os outros livros dele.

Nessa obra somos apresentados a histĂ³ria de Eddie, um ex-veterano de guerra, que jĂ¡ velho, aos 83 anos, trabalha em um parque de diversões como mecĂ¢nico. Conhecido por todos como o cara da manutenĂ§Ă£o.
Começamos o livro sabendo de minutos antes da morte de Eddie. E ao decorrer da histĂ³ria somos surpreendidos como essas cinco pessoas que ele encontra no cĂ©u, sĂ£o pessoas que precisam terminar os seus assuntos inacabados com o Eddie, a fim de ir para o cĂ©u. UĂ©, mas eles nĂ£o estavam jĂ¡ no cĂ©u? Basicamente todas essas pessoas estavam em uma parte do cĂ©u para resolverem seus problemas que ficaram pendentes na Terra.

"Pode parecer estranho uma histĂ³ria começar pelo fim. Mas todos os fins sĂ£o tambĂ©m começos. Embora quando acontecem, nĂ£o saibamos disso."

O que me fisgou desde o começo, foi como o cara da manutenĂ§Ă£o levava a vida dele monotonamente antes de morrer. Obviamente nĂ£o o culpo. VocĂª (e eu) estamos aqui seguindo nossa rotina, muitas vezes nos estressando quando ela sai dos trilhos, sem perceber que daqui a um minuto ela pode acabar. É aquele clichĂª bĂ¡sico que devemos aproveitar o dia de hoje como se fosse o Ăºltimo da nossa vida, mas infelizmente nĂ£o fazemos isso.
Por vezes a gente acha que Ă© totalmente insignificante, mas a verdade Ă© que todo mundo Ă© importante pra alguĂ©m. Como o tio do Mitch Albom que foi o responsĂ¡vel pela criaĂ§Ă£o dessa obra, quando ele se foi. 

"Pessoas que se consideram insignificantes na Terra - percebam, finalmente, o quanto foram importantes e queridas."

NĂ£o sĂ³ nesse momento, mas sempre que leio algo do autor eu aprendo um pouco mais sobre a fragilidade da vida; como precisamos sim uns dos outros.

"Que nĂ£o existe nada por acaso. Que estamos todos ligados. Que nĂ£o se pode separar uma vida da outra, assim como nĂ£o se separa a brisa do vento."

" - Meu enterro - disse o Homem Azul. - Veja as pessoas. Algumas nem me conheciam direito, mas vieram mesmo assim. Por quĂª? VocĂª jĂ¡ pensou nisto alguma vez? Por que as pessoas se reĂºnem quando outra morre? Por que elas sentem que devem fazĂª-lo? É porque o espĂ­rito humano sabe, lĂ¡ no fundo, que todas as vidas se entrecruzam. Que a morte nĂ£o leva uma pessoa simplesmente, ela tambĂ©m deixa de levar uma outra, e na pequena distĂ¢ncia que hĂ¡ entre ser levado e ser deixado as vidas se modificam."

"VocĂª chama de estranhos as pessoas que ainda vai conhecer."



PS: Essa obra foi gravada e agora temos o filme disponĂ­vel no youtube. NĂ£o sei se verei, mas fica a dica.
PS2: Eu tenho o costume de nĂ£o ver os filmes dos livros que leio e gosto bastante.

Sinopse: 'As Cinco Pessoas que VocĂª Encontra no CĂ©u' conta a histĂ³ria de Eddie, o mecĂ¢nico de um parque de diversões que morre no dia de seu aniversĂ¡rio de 83 anos, tentando salvar uma garotinha. Imerso numa rotina de trabalho e solidĂ£o, ele passou a vida se considerando um fracassado. Ao acordar no cĂ©u, encontra cinco personagens inesperados que lhe mostram como ele foi importante. Este livro Ă© para cada um de nĂ³s, pois freqĂ¼entemente nos sentimos frustrados e inĂºteis - assim como Eddie - por nĂ£o termos realizado nossos sonhos. Ele nos faz lembrar que vivemos numa ampla teia de ligações e que temos o poder de mudar o destino dos outros com um pequeno gesto. Mitch Albom nos dĂ¡ mais uma vez uma grande liĂ§Ă£o sobre a importĂ¢ncia da lealdade e do amor em nossas vidas.
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Por Ingrid

NĂ£o sei se consigo desvincular fĂ© de um texto religioso e essa pode ser apenas uma tentativa.
A verdade Ă© que eu sempre fui uma pessoa de fĂ© e acho engraçado esse sentimento sĂ³ me vir como inspiraĂ§Ă£o hoje. Mesmo assim, vamos tentar falar um pouco sobre.

Primeiramente, conhecemos diversas pessoas que exemplificam o que Ă© fĂ©; "a certeza daquilo que nĂ£o podemos ver" de acordo com a BĂ­blia, no plano cientĂ­fico fĂ© Ă© algo entre a dĂºvida e a certeza. Para mim, fĂ© Ă© aquilo que nos move a um futuro melhor. FĂ© Ă© aquilo que temos como combustĂ­vel para a realizaĂ§Ă£o de nossos sonhos, grandes ou pequenos, nĂ£o importa. O importante Ă© que com isso nĂ£o desistimos. FĂ© Ă© a certeza que se lutarmos bastante seremos reconhecidos em nossa profissĂ£o. FĂ© Ă© quando todo mundo diz para desistirmos, mas mesmo assim vocĂª nĂ£o abaixa a cabeça.
Como no caso da banda Beatles que escutou de uma gravadora que a sua mĂºsica nĂ£o agradaria, principalmente pelo uso de guitarras que jĂ¡ estaria em declĂ­nio. Bem, sĂ³ podemos agradecer porque eles tiveram fĂ©; tentaram novamente.

E daĂ­ se eles primeiro receberam o nĂ£o? Qual o problema de demorar mais um pouco? Quem Ă© que estĂ¡ contando esse tempo? Ele vai te adiantar em que? Stephen King teve seu primeiro livro recusado por 30 editoras e agora ele estĂ¡ aĂ­, eles (livros) estĂ£o para preencher as prateleiras de muita gente que dia a dia se encanta com ele. Walt Disney jĂ¡ pulou de jornal em jornal porque nĂ£o parava em emprego algum, sendo que alguns destes o chamavam de sem criatividade. Henry Ford (exemplo de perseverança) foi a falĂªncia 5 vezes. Para uns, a Beyonce deveria parar de cantar, pois nĂ£o sabia nada de mĂºsica. Oprah jĂ¡ foi rejeitado por redes de televisĂ£o que acreditavam que ela era imprĂ³pria.

NĂ£o sei o que vocĂª estĂ¡ fazendo nesse momento, mas se vocĂª tem um sonho, nĂ£o deixe de tentar. NĂ£o deixe de ter fĂ©.

Via Weheartit

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Por Ingrid

ImpossĂ­vel nĂ£o se deixar levar pelas crĂ´nicas da Martha Medeiros. Em qualquer fase da sua vida vocĂª serĂ¡ pego rindo e identificando-se com elas.
SĂ£o pĂ¡ginas devoradas e amor em cada uma delas. Sem muitos dramas... "Muito estranho. NĂ£o estamos acostumados com essa escassez de drama, ao menos nĂ£o aqui, abaixo da linha do Equador, onde vivemos tudo entre lĂ¡grimas e sangue, amores e Ă³dios lĂ­quidos."

Martha, poeta, cronista e romancista, ainda Ă© formada em comunicaĂ§Ă£o social pela PUC. É, essa mulher me inspira.
"É preciso saber esperar, do contrĂ¡rio a gente se atrapalha e sĂ³ reforça a misĂ©ria existencial que preenche as madrugadas. Basta de tanta gente evitando pensar, evitando chorar, evitando olhar para dentro de si mesmo, sorrindo de um jeito tĂ£o triste que sĂ³ faz demorar ainda mais o reencontro com o sorriso verdadeiro - aquela aguardando a hora certa de voltar."

EdiĂ§Ă£o da LPM e apesar de sem orelhas, nĂ£o Ă© versĂ£o econĂ´mica. As pĂ¡ginas amarelas que tanto amo juntas a essa capa simples como deve ser, tornam a obra bonita de se ler. 
Em 80 crĂ´nicas, a autora nos mostra como enxergar a graça da coisa na vida, como tambĂ©m enxergar e perceber o que seria ser simples e sorrir com o Ă³bvio. (Ainda na temĂ¡tica do meu livro preferido dela, o "Feliz por nada" que jĂ¡ tem resenha).

"Estava lendo o divertido e charmoso É tudo tĂ£o simples, de Danuza LeĂ£o, quando uma senhora chegou perto, com ar de desprezo, e disse: 'nĂ£o te imaginava lendo autoajuda.' Pensei em responder que Kafka e TchĂ©khov tambĂ©m sĂ£o autoajuda: dos eruditos aos passatempos, todo livro escrito com honestidade ajuda."


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Por Ingrid

Entender o outro Ă© uma tarefa Ă¡rdua e precisa ser feita diariamente. Claro, vocĂª tem o direito de nĂ£o fazĂª-la, mas tambĂ©m terĂ¡ que sofrer consequĂªncias que nĂ£o precisaria caso pensasse antes de gritar e se aborrecer com o outro.
TambĂ©m entendo que discutir com pessoas de mente fechada Ă© um tanto quanto cansativo. Desperdiçar seu tempo com quem acredita que Ă© melhor que o outro ou que o outro nĂ£o sofre nada, aparentemente Ă© pedir para se aborrecer. 

Sem dĂºvida alguma, Ă© mais prĂ¡tico sofrer porque o outro nĂ£o estĂ¡ lhe dando a devida atenĂ§Ă£o ao invĂ©s de entender que ele pode estar ocupado com projeto de benefĂ­cios pessoais. É mais viĂ¡vel se chatear com a aparente falta de cuidado do outro, ao invĂ©s de procurar saber o motivo de seu relaxamento (Ă s vezes o relaxado nem sabe que estĂ¡ sendo assim). É mais interessante colocar a culpa no outro e nĂ£o se colocar no lugar dele quando este perde seu emprego, acaba um relacionamento ou estĂ¡ infeliz na sua carreira de faculdade.

Entender as relações humanas Ă© sim, complicado, e nĂ£o sejamos hipĂ³critas Ă© uma tarefa demorada pra mim tambĂ©m. PorĂ©m precisamos entender que somos seres em constante mudança, resultado de escolhas e fracassos, e exatamente por isso perceber que o que o outro queria hĂ¡ uma semana atrĂ¡s pode ter mudado. Como acontece com vocĂª e comigo.

NĂ£o Ă© errado trocar a rota que queria fazer, mudar de gosto ou de opiniĂ£o literĂ¡ria. VocĂª estĂ¡ entendendo que a vida Ă© dinĂ¢mica e que Ă© normal se adaptar. Normal nĂ£o, Ă© necessĂ¡rio. 
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Por Ingrid

"Ă€s vezes hĂ¡ tanta beleza no mundo."

Beleza Americana mostra-se um filme clĂ¡ssico contemporĂ¢neo desde o começo. A começar pelo nome do filme "American Beauty" que Ă© o mesmo nome das rosas dos EUA artificiais, esteticamente perfeitas, sem espinhos e puramente decorativas; nĂ£o aparentam uma verdadeira beleza e sim uma aparĂªncia, como as pessoas que convivemos nesse sĂ©culo.
As rosas sĂ£o presentes nos sonhos de Lester, na decoraĂ§Ă£o e no cenĂ¡rio por completo.

Dirigido por Sam Mendes (diretor de Skyfall) o filme conta a histĂ³ria de Lester (Kevin Spacey) e Carolyn (Annette Bening) e um casamento que nĂ£o estava indo pra frente, pelo contrĂ¡rio, logo nas primeiras cenas vocĂª jĂ¡ percebe uma infelicidade. Eles sĂ£o pais de Jane (Thora Birch), uma jovem que precisa se manter sĂ£ perto da loucura dos pais.
Carolyn nĂ£o aceita mais o emprego que tem, Lester encontra-se em uma crise de meia idade, Jane nĂ£o tem resquĂ­cios da personalidade dos pais e essa famĂ­lia tem como vizinho a famĂ­lia de Ricky (Wes Bentley) um jovem que gasta boa parte do seu tempo gravando seus vizinhos e seu pai um coronel que alĂ©m de neurĂ³tico, vive em negaĂ§Ă£o ao que acredita como o Ricky diz.

A genialidade da histĂ³ria Ă© criada pelas personagens. Jovens com raiva, homem desejando uma adolescente perfeita, uma mulher rude e um gay que nĂ£o se vĂª pronto a se declarar ou se assumir, como assim preferir.
Podemos citar aqui o existencialismo (jĂ¡ citado na resenha de "o show de Truman") ao falar da vida moderna. Como tambĂ©m podemos falar de como o filme Ă© feito a base de referĂªncias, por exemplo, a casa em que a famĂ­lia vive Ă© algo perfeito, alinhado e bem decorado, diferentemente da vida deles, para mostrar uma coisa que eles nĂ£o sĂ£o.

Sendo assim fica aqui minha indicaĂ§Ă£o. Beleza Americana Ă© um clĂ¡ssico.

"Foi quando entendi que havia essa vida toda por trĂ¡s das coisas, e essa incrĂ­vel força benevolente, que dizia pra eu nĂ£o ter medo.
As vezes eu sinto que hĂ¡ tanta beleza no mundo, e eu nĂ£o posso resistir.
E meu coraĂ§Ă£o parece que vai sucumbir".
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Por Ingrid

Thalita Rebouças (novamente presente nas minhas leituras esse ano) nos presenteou com suas 189 pĂ¡ginas de um romance puro estilo "Little Manhattan". Aquelas leituras leves para serem feitas na correria do dia a dia. Ou tambĂ©m aquele livro que vocĂª dĂ¡ para a sobrinha/filha que estĂ¡ começando a ler os romances por aĂ­ publicados.

Sinopse: Em seu primeiro livro a ter um menino como protagonista, Thalita Rebouças mostra a mesma sensibilidade e bom humor para captar o universo adolescente masculino quanto revela em relaĂ§Ă£o ao mundo das meninas. FenĂ´meno da literatura teen com 10 tĂ­tulos publicados e mais de 800 mil exemplares vendidos, a autora de Fala sĂ©rio, mĂ£e! , Tudo por um namorado e Uma fada veio me visitar, entre outros sucessos, lança agora o divertido Ela disse, ele disse. Com tiragem inicial de 30 mil exemplares, o livro chega Ă s lojas pelo selo Rocco Jovens Leitores.

Alternando as vozes de Rosa e Leo, ambos adolescentes de 14 anos novos no mesmo colĂ©gio, Ela disse, ele disse Ă© um divertido romance que mostra como meninos e meninas podem sentir as mesmas coisas, mas pensar e agir de modo muito diferente. Por muito pouco, a timidez de um pode virar antipatia na cabeça do outro; por outro lado, uma reaĂ§Ă£o mais alegre e espontĂ¢nea corre o risco de ser interpretada como “mole” pelo sexo oposto. NĂ£o Ă© Ă  toa que, do alto dos seus 14 anos, Rosa conclui que “garotos sĂ£o feitos de outro tipo de massinha”

NĂ£o vi problemas entre criar um romance entre dois alunos novos de uma escola nova mesmo com pouca idade e em tĂ£o poucas pĂ¡ginas, mas me irritei com a criaĂ§Ă£o de uma personagem de dez anos de idade (afilhada da mĂ£e do Leo) que falava como criança mais velha dando conselhos. NĂ£o que a personagem fosse mal construĂ­da, porque de fato nĂ£o foi, ela tinha personalidade. PorĂ©m nĂ£o consegui levar a sĂ©rio. Como se esta personagem fosse responsĂ¡vel para eu tirar uma estrela do livro.

É verdade que a autora coloca gĂ­rias cariocas no meio de seus textos, uso uma linguagem coloquial em diversas partes, todavia isso nĂ£o me faz querer deixar o livro e sim me faz querer ler mais sobre uns bairros do Rio os quais sou fĂ£.

NĂ£o li todos os livros da Thalita e esse tambĂ©m nĂ£o seria o melhor dela. Mas tenho certeza que vale a pena se levar por essa histĂ³ria no meio da sua rotina. Vai fazer com que vocĂª olhe a vida com outros olhos.
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Por Ingrid

Meu primeiro (e infelizmente) Ăºnico contato com a histĂ³ria de Jorge Amado foi atravĂ©s do filme dirigido por CecĂ­lia Amado, neta do autor.
E definitivamente temos uma obra cativante. A começar pela fotografia bem feita e trilhas sonoras dignas do nosso paĂ­s. A trilha sonora foi bem escolhida, elaborada pelo baiano Carlinhos Brown.


Logo nas primeiras cenas somos regados a um sotaque baiano e a histĂ³rias de meninos que vivem em trapiches na dĂ©cada de 1930. Estes com dialetos prĂ³prios e estilo de viver nĂ£o tĂ£o atĂ­pico do que vemos atualmente.AliĂ¡s, esse Ă© um dos filmes que entram para a lista "filmes que as pessoas deveriam assistir para vermos que nĂ£o avançamos em nada com a sociedade". Pois bem, os personagens vivem realidades difĂ­ceis e por isso, mesmo tĂ£o jovens, conseguem demonstrar uma maturidade moldada nas ruas e uma ingenuidade natural.

Apenas um dos meninos sabia ler e escrever e por isso era chamado entre eles de "professor" (RobĂ©rio Lima). O professor que encontrou Dora (Ana Graciela) e seu irmĂ£o na rua e os chamou para viverem juntos, com os outros meninos, no trapiche. Dora foi com a cara e a coragem, pois jĂ¡ tinha perdido sua mĂ£e e nĂ£o iria perder seu irmĂ£o. Precisava dar pelo menos um lar a ele. 
Gostaria de frisar que ela nĂ£o foi bem aceita logo de cara, pois os meninos queriam vĂª-la como um objeto a ser utilizado e nĂ£o como uma menina que precisava tambĂ©m de uma casa. Um doce menina, aliĂ¡s. Durante toda a narrativa acompanhamos um crescimento da Dora bonito de se acompanhar. 


E mesmo a pequena Dora sendo hostilizada quando conheceu os meninos, logo ela se tornou amiga do lĂ­der Pedro Bala (Jean Luis Amorim) e do tambĂ©m personagem principal, Boa Vida (Jordan Mateus). 

Com efeito, a diretora teve a sensibilidade de criar personagens e pessoas. As crianças escolhidas aos papĂ©is tambĂ©m sofreram aos maus-tratos na vida real. Algumas delas foram escolhidas das ONGs que fazem um trabalho especial nas comunidades de Salvador. Como no caso do Raimundo, o baiano charmoso de corpo definido. 

Definitivamente esse Ă© mais do que um filme. Como dito pela CecĂ­lia Amado "A obra ainda Ă© essencial. EstĂ¡ certo que, hoje, as ruas sĂ£o muito mais violentas. O consumo de crack em Salvador Ă© terrĂ­vel. Mas os menores de idade vĂ£o para as ruas pelos mesmos motivos de antes: uma famĂ­lia desestruturada e condições de moradia degradantes"
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AlguĂ©m que gosta de escrever e esparramar seus devaneios! Mulher sonhadora de pĂ©s do chĂ£o, bookaholic, cinĂ©fila, apaixonada por tudo que Ă© ligado a cultura!

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