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Devaneios da Lila

Meus doces e nĂ£o tĂ£o doces devaneios!

Por Ingrid Faria

Preciso falar do abandono. Nem digo do abandono de animais. Muito menos me refiro a abandono de mĂ£e e filho. Quero falar sobre o abandono do ato de abandonar-se alguĂ©m, de um jeito largado e muita das vezes sem intenĂ§Ă£o de voltar.
A essa hora jĂ¡ devo estar transparecendo dramaticidade. Talvez. Na realidade eu sĂ³ quero atenuar a dorzinha que estĂ¡ latejando do lado esquerdo do peito. 

Minhas trĂªs melhores amigas estĂ£o indo embora. Uma delas jĂ¡ foi. Em julho uma se muda para Argentina e outra para o CanadĂ¡. A que jĂ¡ foi, estĂ¡ morando em JoĂ£o Pessoa. Sim, eu deveria ter ficado feliz porque de repente nĂ£o mais que de repente tenho 3 casas diferentes para ficar. Mas enquanto isso o que fazemos com a saudade que jĂ¡ estamos sentindo?
NĂ£o vou citar nomes porque eu acredito que elas estejam lendo esse post e percebendo a falta que me jĂ¡ me fazem. 

Meninas, vocĂªs trĂªs independente de onde estiverem, farĂ£o meu coraĂ§Ă£o bater forte. Quero que vocĂªs saibam que eu estou aqui para tudo. Quero ver vocĂªs voando, conquistando tudo o que merecem nessa vida. Eu estarei aqui. Para sorrisos, abraços, lembranças e carinho. TambĂ©m estarei aqui para frustações. A vida nem sempre Ă© fĂ¡cil, mas melhores amigos estĂ£o aĂ­ para nos ajudar a passar por dias frustrados.

Amo demais vocĂªs trĂªs e preciso que me entendam: eu jĂ¡ sinto saudade.

cartas sobre saudade

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Por Ingrid Faria

Fui a primeira blogueira a resenhar o livro "Do que sĂ£o feitas as estrelas?" e me orgulho bastante disso. Queria que mais gente conhecesse a histĂ³ria incrĂ­vel da Malu (da Lauren e da Sofia tambĂ©m) e de como Ă© fĂ¡cil se apaixonar pelas estrelas. E a Jana com todo carinho do mundo aceitou meu convite de falar mais um pouco do seu livro que jĂ¡ Ă© sucesso.

Devaneios: Jana, bem-vinda ao devaneios. Vamos a primeira pergunta. O que te inspira?
J: A vida! O ser humano! Quando vocĂª se descobre escritor, descobre que tudo Ă© inspiraĂ§Ă£o. Uma histĂ³ria legal que algum amigo te contou. Algo que vocĂª viveu. Uma reportagem na tv... por isso nĂ£o Ă© exagero dizer que tudo Ă© inspiraĂ§Ă£o. Eu vivo atenta a todas as coisas que a vida me apresenta, porque pode sair uma linda histĂ³ria dali.

Devaneios: Um livro que inspirou o livro "Do que sĂ£o feitas as estrelas?”
J: NĂ£o teve um livro que me inspirasse na histĂ³ria Do que sĂ£o feitas as estrelas? Mas durante o perĂ­odo em que eu escrevia o livro, tive um bloqueio criativo, e o que me tirou desse bloqueio foi a leitura do livro Grande Magia da Elizabeth Gilbert. Foi uma grande ajuda!

Devaneios: VocĂª se identifica com alguma personagem ou vocĂª se vĂª em uma mistura das trĂªs?
J: Definitivamente eu sou uma mistura das trĂªs! Eu me vejo na força da Malu, na determinaĂ§Ă£o da Sofia e no bom humor da Lauren. Escrever a histĂ³ria dessas meninas mudou a minha vida para sempre, porque atravĂ©s delas eu adquiri um autoconhecimento enorme. Muitas coisas que escrevi para elas, na verdade eram para mim, e muito que tem delas lĂ¡ no livro tem a ver comigo. Assim como todos temos material estelar em nosso corpo, eu tenho as Marias em mim.

Devaneios: De onde surgiu a ideia das mĂºsicas em cada capĂ­tulo?
J: Eu sou movida a mĂºsica. Ouço Spotify praticamente 24 horas, e na hora de escrever nĂ£o foi diferente. Cada palavra foi escrita ao som de alguma mĂºsica, isso jĂ¡ foi uma inspiraĂ§Ă£o, mas uma outra coisa que me motivou a incluir o link das mĂºsicas no livro e criar uma playlist para a histĂ³ria, Ă© que sempre que estou lendo um livro e o autor faz referĂªncia a alguma mĂºsica que eu nĂ£o conheço, eu paro a leitura e vou correndo no Spotify ou no Youtube para procurar e ouvir a mĂºsica, ao me ver escrevendo uma histĂ³ria onde a mĂºsica faz parte da histĂ³ria de maneira tĂ£o ativa, eu nĂ£o tive dĂºvidas de que gostaria de facilitar a vida do leitor para que ele tambĂ©m ouvisse a mĂºsica, por isso inseri os links e o QR code das mĂºsicas durante a leitura, para que o leitor pudesse mergulhar profundamente na histĂ³ria junto com as personagens. E quando eu percebi que isso funcionou e que deu muito mais realidade a histĂ³ria,eu fiquei muito feliz! Escolher mĂºsicas que tinham a ver com a histĂ³ria ou que complementavam aquele momento do livro deu um trabalho danado, mas que hoje estou vendo que valeu super a pena, porque a  playlist Ă© uma das coisas mais comentadas entre os leitores do livro e isso Ă© muito gratificante!

Devaneios: Obrigada pela entrevista e carinho, Jana. VocĂª quer deixar algum recado para o Devaneios?
J: Eu que agradeço Ingrid! Meu recadinho para quem jĂ¡ leu o livro Ă© que vocĂªs nunca deixem de contemplar as estrelas porque elas sĂ£o inspiraĂ§Ă£o para continuarmos acreditando em nossos sonhos mais impossĂ­veis, nunca esqueçam que os colapsos da vida sĂ£o testes para colocar Ă¡ prova o que realmente importa! Que somos todos estrelas e que coisas boas sempre acontecem para quem tem coragem! Carpe diem!! E para quem nĂ£o leu o livro, corram para ler porque aĂ­ vocĂªs entenderĂ£o tudo que eu disse acima! Beijos!


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Por Ingrid Faria

Li Kafka aos 18 anos. Me arrependo. Deveria ter lido antes. AlguĂ©m tem noĂ§Ă£o que eu tenho dificuldade de chorar e com uma carta ao pai de Kafka eu chorei? Pois bem. 
Comprei essa ediĂ§Ă£o econĂ´mica da L&PM pocket de 108 pĂ¡ginas em uma banca de jornal da GĂ¡vea (Rio de Janeiro).

A mais Ă­ntima obra de Franz Kakfa como dito pelo tradutor Marcelo Backes, um gaĂºcho estudioso de Kafka e dos russos.

"Querido pai,

Tu me perguntaste recentemente por que afirmo ter medo de ti. Eu nĂ£o soube, como de costume, o que te responder, em parte justamente pelo medo que tenho de ti, em parte porque existem tantos detalhes na justificativa desse medo, que eu nĂ£o poderia reuni-los no ato de falar de modo mais ou menos coerente."

E Ă© assim que Kafka começa a colocar suas fraquezas diante do pai. Em sua cabeça o pai nĂ£o gostava dele e a relaĂ§Ă£o entre eles era baseada no medo. Ele escreve a carta aos 36 anos e logo no começo deixa claro que sofre com esse relacionamento desde a infĂ¢ncia.
Kafka era instrospectivo, nĂ£o era casado, nĂ£o havia formado uma famĂ­lia como tambĂ©m era frustado no que fazia. Seu pai, Hermann Kafka, era o oposto e ele o admirava por ter criado uma famĂ­lia. Todavia, era complicado para o filho entender tamanha hipocrisia do pai e tamanha rejeiĂ§Ă£o.

"Bastava que eu manifestasse um pouco de interesse por alguĂ©m - o que aliĂ¡s nĂ£o acontecia com frequĂªncia por causa do meu jeito de ser - para que tu, sem qualquer respeito pelo meu sentimento e sem consideraĂ§Ă£o pelo meu veredicto, interviesses logo com insulto, calĂºnia e humilhaĂ§Ă£o."

Um dos trechos mais tocantes para mim e que mostra que o pai de Kafka realmente tinha dificuldade de ser pai Ă© em uma nota do tradutor retirada de um testemunho de Gustav Janouch "Kafka me disse, em voz estranhamente baixa: 'Meu pai. Ele se preocupa comigo. O amor muitas vezes tem o rosto da violĂªncia'".

Isso me lembrou os inĂºmeros casos que vemos de romantizar relacionamentos abusivos e vejam bem, um pai nĂ£o sabendo demostrar o amor para o filho. Talvez um pai que tenha diversas vezes maltratato o filho em nome de um amor.

De qualquer forma, Ă© um livro que precisa ler lido e digerido. NĂ£o, Kafka nĂ£o entregou essa carta ao pai, mas deveria.

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AlguĂ©m que gosta de escrever e esparramar seus devaneios! Mulher sonhadora de pĂ©s do chĂ£o, bookaholic, cinĂ©fila, apaixonada por tudo que Ă© ligado a cultura!

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