Her - vencedor do Oscar 2014 de Melhor Roteiro Original

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Por Ingrid Faria

Se eu fizesse uma lista sobre filmes que retratam a solidão, eu colocaria "Her" ao lado do filme "Entre abelhas" (estrelado pelo Fabio Porchat) e diria que Her é melhor que ele. 

Her (Ela) estreou em 2013 e sua temática continua atual: a relação do homem e a tecnologia.

Theodore tem um trabalho que eu sempre quis ter de escrever cartas. Ele basicamente escreve cartas de amor tanto em nome do homem quanto da mulher. O problema disso tudo é que ele acaba de sair de um relacionamento que o deixou com marcas profundas e ele não pode deixar isso afetar seu trabalho. Logo, investe seu dinheiro em um revolucionário sistema operacional de inteligência artificial. Em poucos minutos de uso, ele está apaixonado pela nova tecnologia. A voz dessa inteligência chama-se Samantha.
Um detalhe importante a ser ressaltado. Assim que ele instala, o programa pergunta se ele prefere uma voz masculina ou feminina e ele escolhe uma feminina.
Samatha, a voz da atriz Scarlett Johansson, aprende com a experiência e interação com outras pessoas. Uma I.A que talvez nunca teremos. E depois desse filme a gente espera que não tenha mesmo. Não consegui ver isso com uma boa coisa em momento algum.
De qualquer forma, Theodore não achou a ideia ruim e começou a se envolver com Samantha. Mesmo sabendo que ela não poderia se tornar humana. Nem que eles se tocariam algum dia.

O mais surpreendente dessa história é a dependência que o ser humano tem das tecnologias e com o passar dos dias isso tem se agravado. O ser humano não sabe dizer chega. E talvez os filmes sejam para isso mesmo: para nos mostrar onde devemos parar. Será que somos seguros o bastante para dominar uma inteligência artificial?
Uma outra crítica ao comportamento humano é o próprio emprego do personagem. Por culpa das tecnologias as pessoas não tem nem tempo para mandar uma carta. Será isso uma coisa saudável? Pagar alguém para escrever suas cartas?


"E como era estar casado?" "Bom, com certeza é difícil. Mas há algo de muito bom em se compartilhar a vida com alguém" "Como se compartilha a vida com alguém?" "Nós dois crescemos juntos."

Curiosidades sobre Joaquin Phonix, o porto riqueno querido do cinema:
- Ele fará o papel de Jesus Cristo no filme Maria Madalena que estreia esse ano. Se a atuação dele for como Her, já garanto que Maria Madalena será um filme maravilhoso.
- Assim que o diretor terminou o roteiro pensou no Joaquin Phonix (mesmo que em um primeiro momento, o diretor tenha pensado em um ator com 50 anos de idade para o papel)
- A morte do seu irmão, Phoenix, por overdose de drogas o afastou do cinema. Porém graças a insistência dos amigos, ele retornou as telas.



E para quem se interessa em trilhas sonoras, aí está uma que você deve conhecer. A banda canadense Arcade Fire que é amiga pessoal do diretor, pois já trabalharam em parceria no curta "Scenes from the suburbs".

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9 coment�rios

  1. Olá tudo bem ?
    Nossa vô agora mesmo procurar esse filme rsrs gostei muito além de explorar a dependência do ser humano com a tecnologia, uma coisa que hoje é muito normal.
    Bjs

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  2. eu curto Arcade Fire... e Fenix é um ator muito talentoso... adorava o irmão dele tb...
    sobre Her... nossa... puta filme... passei uma bad vibe da porra depois que assisti... fiquei desolada com a solidão dele sendo suprida dessa maneira...
    bela indicação, parabens :D
    bjs...

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  3. Eu não conhecia o filme e pela sua postagem eu fiquei curiosa. Gostei de conferir a sua opinião sobre a obra e fiquei interessada, acho que pode ser um filme em diferente do que eu estou acostumada a assistir e que posso gostar bastante.

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  4. Postagem sensacional! Coesão nível máster! É realmente um dos melhores filmes sobre a solidão! Eu fiquei apaixonado e tocado pela produção. Sou suspeito porque sou um amante do cinema! À parte isso parabenizo você pelos detalhes que só uma espectadora atenta poderia notar!

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  5. Eu simplesmente amo esse filme!
    Adoro esse jeitão melancólico e super fofo do Theodore.
    A forma dele se apaixonar pela Samantha também foi bem curiosa e bonita.
    A gente fica refletindo sobre a realidade de nossa sociedade atual, né?
    Eu fiquei um pouquinho assustada! rsrs
    Resenhei ele no meu blog também e falei exatamente sobre isso.
    Amei sua postagem!

    Eliziane Dias

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  6. Oiê!
    Dica preciosa de filme!! Já está anotada!
    No começo do texto não estava me lembrando da história, mas quando você falou da voz virtual ai meu situei. Queria assistir a esse filme quando estreou, só que ninguém quis assistir comigo e acabei esquecendo... Não vou deixar passar de novo!
    Bjss e obrigada pela dica!

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  7. Oi, Ingrid! Não conhecia esse filme e fiquei bem curiosa! A questão homem X tecnologia é realmente preocupante, parece-me que a internet vem tomando conta das oessoas, que se esquecem do qto é importante o convívio em sociedade.

    bjs
    www.livrosdabeta.blogspot.com.br

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  8. Tive que assistir em ingles para ver se a voz da Scarlett mexeria comigo da mesma forma mostrada no filme, rs.
    Bjsss

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  9. Morro de medo de inteligência artificial, não gosto nem de pensar em um ser que tem a inteligência mas não tem sentimentos nem moral (existem pessoas assim e não acho que precisemos de mais delas)... Um perigo. Mas não sabia que esse filme tinha uma premissa tão interessante, fiquei com vontade de assistir.

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