Mãos Livres - Francine Camargo [Resenha]

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Ano: 2016 / Páginas: 70
Editora: Chiado



Sinopse: Sou do tipo mãos vazias. Prefiro nada carregar e ter os braços livres. Mesmo que seja para travá-los na cintura em espera, cruzá-los em desaprovação. Fico, assim, pronta para um adeus inesperado ou um abraço loucamente necessário em quem acaba de chegar.”

Mãos livres reúnem contos e crônicas da autora, com uma escrita poética e fabulizada. As palavras surgem de forma a realçar e tecer a realidade em uma sequência de emoções, narrando eventos inusitados como o encontro com um cão desordeiro, o diálogo de livros à estante e um lugar chamado Aboborolândia, ou passando por temas universais como o amor, a amizade, a maternidade, a morte, a rotina e a timidez, sempre fugindo das explicações comuns; com as mãos desimpedidas, “como se nada pudesse me fazer parar, como se fossem criar garras para lutar. Decerto, deparo com um abismo e aí, estou pronta, prontinha para voar.


É impossível você ler uma das 26 crônicas do livro Mãos Livres e não se identificar ao menos com uma! De forma leve e bem escrita a autora Francine Camargo nos transporta para seu próprio universo particular. O livro é uma coletânea de contos e crônicas com temas variados e sempre presentes no nosso dia a dia. Você vai mergulhar em seus próprios medos, redescobrir suas angústias, enfrentar suas perdas e celebrar a vida, o amor, a amizade e a maternidade. Me identifiquei muito com a Fran, senti como se fosse uma amiga.

"De amigo, exige-se atenção, ninguém quer migalha, farelinho, último gole."

Acabei descobrindo que além de se dedicar a profissão que cura as pessoas, nesse caso especifico crianças pois ela é médica pediatra, Francine também cura a alma, pois considero as palavras quando bem utilizadas um remédio muito poderoso. E ela sabe utilizar as palavras, transformando-as em sentimentos e poesia. Se existe uma palavra para definir esse livro, creio que seria POÉTICO.




“A espera amadurece, faz crescer, não é novidade. E o amadurecimento desbanca crenças e conceitos, cria outros mais sólidos ou, como nesse caso, derrete aquela infalível confiança de julgar ter o mundo sob seu controle.”


Gostei de todos os textos, mas alguns me tocaram mais, chorei lendo "A uma criança", como não chorar? Lembrei de cada um de meus amigos ao ler "Todos temos aquele amigo", senti uma
a vontade de mandar um livro para cada um deles. Sendo mãe, me vi em cada texto sobre a maternidade. São apenas 70 paginas, mas de um conteúdo muito precioso!

"O atraso cansa e tanto a alma quanto o corpo precisam de abrigo."

Tenho alguns livros com dedicatórias e autografados que recebo de alguns autores,

 mas essa ficou linda demais! 



Me encantei com cada página deste livro, o li em menos de uma hora em uma viagem de ônibus e já reli algumas crônicas. A Edição está linda, folhas amarelas, a autora inseriu algumas citações de escritores consagrados e de músicas no inicio de algumas crônicas que ficou bem atrativo . Uma leitura leve e gostosa que recomendo a todos! Cinco estrelas sem dúvidas!




Nascida na capital do Estado de São Paulo, em 1980, Francine S. C. Camargo encontrou, desde a adolescência, uma forma de comunicar-se através do seu instrumento mais estridente: a escrita. Médica Pediatra formada pela Universidade de São Paulo, exerce a carreira desde o ano de 2004, buscando inspiração para os textos que compõem sua obra no trabalho, na maternidade, na Literatura e em todas as descobertas que lhe couberem em palavras, sempre com um toque de lirismo e, às vezes, com um pouco de ironia acobertada.



Conheça o blog da autora: Papo de Fran

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11 coment�rios

  1. Oi Aline!Tudo bem?
    Não conhecia o livro e nem a autora, mas adorei conhecer. Não leio crônicas com frequência, mas gosto desse tipo de leitura, entre um livro e outro. Dica anotada! Adorei sua resenha!
    Bj

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  2. Oi, tudo bem?

    Gosto muito de contos e crônicas, sinto falta de lê em livros (ultimamente, só leio em blogs). Gostei do título e me deu a sensação de que gostaria de tudo <3 Não sou muito fã das capas da Chiado, a maioria parece meio amadora, mas essa acho que combinou com o objetivo do livro: bem simples e direta.

    Love, Nina.
    http://ninaeuma.blogspot.com/

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  3. Amo crônicas, parece ser um lindo livro! Quero ler!
    Adorei a resenha!
    Beijos

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  4. Oii Lila, tudo bem?
    Confesso que realmente não conhecia essa obra, a não ser pelo seu instagram e de certo modo a obra despertou meu interesse, sou completamente apaixonada por contos e crônicas e adoraria ter a oportunidade de realizar a leitura, parabéns pela resenha e a autora parece ser uma fofa.
    Beijinhos

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  5. Oi, já li esse livro e amei os contos e crônicas e adorei a escrita da autora, que é feita de forma leve e fluida, ótima dica para quem gosta desse tipo de livro.
    bjus

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  6. nossa, o livro é bem curtinho... eu gosto de crônicas e contos, e apesar da capa não ter sido muito empolgante pra mim, acredito que faria a leitura dos textos sem problema...
    geralmente costumo gostar de vários títulos lançados pela editora Chiado.
    e a dedicatória ficou um amor :D
    bjs...

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  7. Heey, tudo bem? Adorei saber tua opinião sobre esse livro! Já tinha lido algumas resenhas sobre ele e foram todas positivas. Eu gosto de crônicas, apesar de não ler tanto quanto gostaria. Espero ter a oportunidade de ler Mãos Livres!
    Beijos

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  8. Oi, tudo bem?
    Eu não conhecia a autora e a obra, mas achei interessante, pois gosto de contos e é bacana a autora ter trazido contos sobre vários assuntos, assim o leitor se identifica em algumas partes, né? Enfim, achei ótima a dica, espero um dia conhecer

    Beijos :*

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  9. Que resenha mais linda! Mesmo que eu não tivesse interesse no livro, só por conta de suas palavras eu iria querer ler. Fiquei curiosa em conhecer o diálogo dos livros com a estante... o que será que eles conversam???
    Bjs, Rose

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  10. Olá...
    Eu tenho um sério problema com crônicas, não gosto muito do gênero, por isso não leria o livro, mas que coisa legal você ter lido rápido e ter gostado tanto assim

    beijos
    Mayara
    Livros & Tal

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  11. Oie!
    Não sou muito de crônicas, mas amo contos.
    Não conhecia a obra e gostei muito do que você contou.
    Fiquei bem interessada em ler.

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